
MinC leva exposição “Cuide-se” a Maresias com produção da Agência MAK
De 18 a 31 de agosto, o Parador Maresias, em São Sebastião, no litoral de São Paulo, recebe a exposição “Cuide-se”, projeto que integra arte, educação ambiental e engajamento comunitário.
A iniciativa é realizada pelo Ministério da Cultura (MinC), com patrocínio da Sabesp via Lei Rouanet, e conta com o apoio das secretarias municipais de Turismo, Educação, Meio Ambiente e Cultura de São Sebastião, além da ONG Lixo Zero. A Agência MAK é responsável pela produção do evento

Durante duas semanas, a visitação é gratuita, das 8h30 às 17h30. O público pode conferir obras de 12 artistas brasileiros, produzidas a partir de resíduos sólidos, tecidos descartados, sucatas e metais reaproveitados. A proposta é transformar materiais de descarte em poesia visual e estimular reflexões sobre o impacto ambiental do consumo.
Arte com propósito
Segundo os organizadores, a mostra “Cuide-se” parte da premissa de que o cuidado é um gesto político frente às crises ambientais e sociais.

“A arte deixa de ser apenas contemplação para se tornar um chamado à ação”, afirmam.
Entre os artistas participantes estão Marcos Sachs, com anamorfismos e instalações que desafiam a percepção; Maíra Vaz Valente, que explora corpo e água como formas de resistência; e Jubileu Arte (Edson Martins), que cria objetos duráveis e afetivos a partir de jornais impermeabilizados. As obras transitam entre estética, ética e política, aproximando o público da discussão sobre consumo e descarte.

Oficinas e impacto na comunidade
O projeto “Cuide-se” também promove oficinas educativas para crianças da rede pública, simulando uma mini cooperativa de reciclagem. Em dez dias, cerca de 2.500 estudantes participarão de atividades como visitas guiadas, triagem de resíduos e produção de painéis coletivos com o símbolo da reciclagem, que serão espalhados pela cidade, transformando Maresias em uma galeria a céu aberto.
De acordo com Ricardo Leão, CEO da Agência MAK, o projeto gerou aproximadamente 40 empregos na região, envolvendo oficineiros e monitores locais.
“É arte que não só educa, mas também fortalece a economia comunitária”, destaca. O material educativo inclui ainda uma cartilha para professores, integrando artes visuais, história, filosofia e geografia, e estimulando práticas interdisciplinares.
Legado além da exposição
Os organizadores reforçam que a experiência vai além do período da mostra.
“Queremos deixar um legado de consciência e transformação, para que a cidade continue promovendo a cultura do cuidado”, afirma Leão.
A expectativa é que o projeto “Cuide-se” inspire novas iniciativas de reaproveitamento e engajamento social.
Fotos: Divulgação