
SXSW 2026 vai transformar centro de Austin em “vila experiencial” e anuncia grandes mudanças
🔎 Foco da notícia 🔎
- O SXSW 2026 promete uma edição transformadora em Austin, Texas, de 12 a 18 de março.
- Com a demolição do Austin Convention Center, o SXSW 2026 será forçado a uma reinvenção espacial.
- A edição de 2026 trará uma redução do festival para sete dias simultâneos, com Música, Filme & TV e a renomeada “Innovation” acontecendo juntas.

O SXSW 2026 (South by Southwest), que acontece em Austin, Texas, de 12 a 18 de março, promete uma edição repleta de transformações. Em um movimento audacioso para celebrar seus 40 anos, o evento planeja transformar o centro de Austin em uma “vila experiencial”, reunindo simultaneamente todas as suas vertentes. No entanto, essa nova era surge sem a presença do veterano Hugh Forrest, demitido em abril após 35 anos, em meio a uma reestruturação que impactou a liderança do festival.
Desafios e inovações no horizonte
O SXSW 2026 enfrentará o desafio da ausência do tradicional Austin Convention Center, que será demolido para a construção de um novo espaço, previsto para 2029. Essa circunstância força o SXSW a reinventar sua logística, utilizando “bairros temáticos” como uma solução urbana pop-up para abrigar a programação. A promessa é de uma experiência “phygital” (física e digital) imersiva nas ruas de Austin.

Sete dias de intensidade e acesso redefinido
A principal mudança no formato do SXSW 2026 é a redução de sua duração e as programações simultâneas. Música, Filme & TV e a recém-renomeada trilha “Innovation” (antiga Interactive) acontecerão juntas em sete dias intensos. O Music Festival, em particular, ganhará sete noites de showcases.

Outra alteração significativa é no modelo de acesso. Enquanto as badges de Music, Film & TV e Innovation agora darão acesso exclusivo a hubs dedicados a cada área, a badge Platinum, a mais premium, continuará oferecendo acesso irrestrito a todos os eventos. Além disso, o dia 12 de março será uma “ponte” com painéis mistos entre educação (EDU) e as outras trilhas, incentivando o crossover de conhecimentos.
A despedida de Hugh Forrest
A saída de Hugh Forrest, que assumiu a presidência solo em dezembro de 2024 e foi desligado apenas quatro meses depois, representa um marco na história do SXSW. A demissão, que não foi uma escolha dele, conforme afirmou, ocorreu após a venda de 50% do festival à joint-venture P-MRC e dois ciclos de layoffs em 2024-25. Forrest, que colocou “corpo e alma” no evento por mais de 35 anos, é creditado por ter inventado a trilha de tecnologia em 1994, moldando o DNA de descoberta criativa do festival.
Cenários futuros e incógnitas
A ausência do Austin Convention Center e a saída de Forrest levantam questões cruciais sobre o futuro do SXSW. A organização do SXSW 2026 precisará gerenciar a percepção de sua nova trilha “Innovation”, que, embora sinalize uma ambição transversal, pode diluir a herança tech personificada por Forrest.

A perda do centro de convenções obrigará as marcas que realizam ações no SXSW a conceber ativações mais imersivas nas ruas, abrindo espaço para experiências menos corporativas, mas também para um marketing potencialmente mais invasivo. Além disso, a concentração de três festivais em sete dias pode gerar um “FOMO 2.0” (medo de perder algo), elevando o hype e, consequentemente, os preços de hospedagem, apesar da promessa de reduzir a correria.
O próximo checkpoint é 1º de outubro, quando serão divulgados os preços e detalhes das badges. Até lá, a grande pergunta é se a nova direção do SXSW conseguirá manter o equilíbrio entre a contracultura e os negócios que tornou o festival um destino obrigatório, e que muitos temem ver excessivamente corporativizado sem a liderança de Hugh Forrest. Para mais informações, acesse o site.