Peugeot deve remover estande do Parque da Água Branca após decisão do Conpresp

Com o tombamento do parque em 2004, qualquer alteração em sua estrutura depende de aprovação do conselho, que também multou a CasaCor e a concessionária Reserva Parques

🔎 Foco da notícia 🔎

  • O estande no Parque da Água Branca oferecia serviço de valet para a CasaCor e test-drives de carros da Peugeot.
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  • Espaço tinha sido instalado em vagas de carro para deficientes, e foi alvo de uma denúncia do vereador Nabil Bonduki (PT).
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  • A Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (SMC) informou que o valor da multa será calculado pela área técnica do Departamento do Patrimônio Histórico.

O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade (Conpresp) determinou em 9 de junho a remoção imediata de um estande da Peugeot que estava instalado no estacionamento do Parque da Água Branca, na zona oeste de São Paulo. A decisão veio após o órgão constatar que a estrutura, parte da CASACOR, não possuía a autorização necessária para sua instalação.

Autorização prévia para alterações

Desde que o Parque da Água Branca foi tombado em 2004, qualquer alteração em sua estrutura exige autorização prévia do Conpresp. A ausência dessa autorização para o estande da Peugeot motivou não apenas a ordem de remoção, mas também a aplicação de multas para a CasaCor e para a concessionária do parque, a Reserva Parques.

De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (SMC), o valor da multa será calculado pela área técnica do Departamento do Patrimônio Histórico. O estande em questão oferecia serviços de valet para o evento CASACOR e test-drives de veículos da Peugeot.

O espaço da Peugeot dentro do parque havia sido construído em vagas de carro para deficientes e foi alvo de uma denúncia pelo vereador Nabil Bounduki (PT).

A medida do Conpresp surge em um momento de crescente preocupação por parte dos frequentadores do Parque da Água Branca, que têm acompanhado as obras no local e temem que o espaço seja descaracterizado.

CASACOR promete cumprir decisão

Procurada, a diretoria da CASACOR expressou surpresa com a decisão, mas garantiu que “cumprirá a solicitação com responsabilidade”. Em nota, a organização do evento afirmou que “seguirá apresentando às autoridades competentes toda a documentação que comprova a legitimidade do projeto em questão”. A CASACOR reiterou que o projeto da edição 2025, “incluindo a área atualmente questionada, foi submetido ao Conpresp” e que “todas as exigências documentais, inclusive as oriundas do Comunique-se, foram devidamente atendidas”.

Concessionária e Peugeot se posicionam

A Reserva Parques, concessionária responsável pelo Parque da Água Branca, declarou estar ciente da deliberação do Conpresp e ressaltou “a importância do diálogo e da colaboração com os órgãos, preservando seu direito de avaliar eventuais decisões”.

Já a Peugeot informou que “seguiu as orientações passadas pela organização do evento em todas as ativações, incluindo a instalação de seu espaço no local”. A montadora destacou ainda que “não tem ciência de qualquer alteração passada pela organizadora do evento”.

O episódio reacende o debate sobre a preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade em meio a eventos e concessões, reforçando a atuação do Conpresp na fiscalização de alterações em bens tombados.

Fotos: Divulgação e Reprodução/Redes Sociais

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