Marca do Fyre Festival é arrematada por US$ 245 mil em leilão no eBay

🔎 Foco da notícia 🔎

• O novo dono da marca permanece anônimo, e a transação não tem cobertura de devolução.
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• A tentativa de reviver o festival em 2024 no México também fracassou.
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• Billy McFarland, fundador do evento, foi preso por fraude e ainda deve US$ 26 milhões.

A marca do Fyre Festival, o polêmico evento que entrou para a história como um dos maiores fracassos da indústria do entretenimento, foi vendida em um leilão realizado no eBay por US$ 245.300 (cerca de R$ 1,3 milhão).

A transação aconteceu em 15 de julho e teve 175 lances ao longo de uma semana, gerando repercussão e reabrindo discussões sobre o valor simbólico e comercial de um nome associado a fraudes e promessas não cumpridas.

Uma promessa de luxo que virou desastre

Lançado com uma campanha de marketing grandiosa, o Fyre Festival prometia ser uma experiência exclusiva, com shows de grandes artistas como Blink-182, culinária sofisticada e acomodações luxuosas em uma ilha paradisíaca nas Bahamas. Vendido como um evento para celebridades e influenciadores, os pacotes chegavam a custar mais de US$ 100 mil.

A realidade, no entanto, foi um desastre: ao chegarem ao local, os participantes encontraram barracas de emergência, colchões molhados e refeições improvisadas — cenário bem diferente das promessas vendidas. A programação foi cancelada, artistas se retiraram e o público ficou abandonado, gerando uma onda de indignação que culminou em documentários populares na Netflix e Hulu.

Prisão do idealizador e dívida milionária

O idealizador do evento, Billy McFarland, foi condenado por fraude eletrônica em 2018 após admitir que enganou investidores e fornecedores. Ele recebeu uma sentença de seis anos de prisão e foi libertado em 2022, após cumprir quase quatro. McFarland ainda tem a obrigação de pagar cerca de US$ 26 milhões em ressarcimentos.

A recente venda da marca do Fyre Festival levanta especulações sobre o destino do valor arrecadado: parte dele poderia ser direcionada para pagar as dívidas judiciais do criador do festival, mas isso ainda não foi confirmado.

Leilão disputado e comprador anônimo

Descrita no eBay como uma “marca com potencial global de marketing”, a propriedade intelectual da marca do Fyre Festival atraiu atenção, embora o valor final tenha ficado abaixo do esperado. McFarland afirmou que uma proposta milionária teria sido retirada pouco antes do encerramento do leilão. O comprador preferiu não se identificar, e a venda não está coberta por garantias ou políticas de devolução da plataforma, o que implica riscos para o novo dono.

Nova edição fracassa no México

Mesmo após o escândalo, McFarland tentou reviver o Fyre Festival em 2024, desta vez na Isla Mujeres, no México. O plano foi rapidamente frustrado e a nova edição foi cancelada, com a organização alegando falta de apoio das autoridades locais após uma mudança de local para Playa del Carmen. O episódio reforçou o ceticismo sobre qualquer tentativa de reabilitar a marca.

Com a marca do Fyre Festival agora nas mãos de um novo proprietário, o futuro do evento permanece incerto — dividido entre o legado de um fiasco retumbante e a curiosidade sobre o que será feito com um nome que ainda atrai os holofotes.

Fotos: Reprodução/ Redes Sociais e Netflix