FOOH, ou Fake Out Of Home: saiba mais sobre esta estratégia
livCertamente, em suas redes sociais, você já se deparou com vídeos de Fake Out Of Home, mais conhecido como Fake OOH ou FOOH. Essa prática consiste na criação de peças publicitárias virtuais incorporadas a espaços públicos por meio do uso de Computer Generated Imagery (CGI). Assim, dois exemplos notáveis dessa abordagem foram os vídeos das bolsas Jacquemus, circulando por Paris, e dos cílios da Maybelline, no metrô de Londres.
FOOH no Brasil
O Brasil não ficou para trás nessa tendência. Isso porque grandes nomes do mercado como Natura, Adidas, Boticário e Spaten investindo no FOOH e introduzindo essa inovação no país. Um exemplo marcante é a Natura, que, para promover duas novas fragrâncias, criou então um efeito visual que “enchia” um edifício na Av. Luís Carlos Berrini, em São Paulo, com água do mar, gerando grande repercussão e questionamentos sobre sua autenticidade.
O termo “Fake OOH” aparentemente foi cunhado pelo próprio criador das peças da Maybelline e da Jacquemus, Ian Padgham. Ele destacou que, em uma era em que compartilhamos praticamente tudo online, as campanhas FOOH podem se tornar uma grande tendência em publicidade online.
As controvérsias
Contudo, a crescente popularidade do Fake OOH não está isenta de críticas. Algumas pessoas se sentem desapontadas ou confusas ao depararem com imagens que não são reais. Para entender melhor esse fenômeno, Kauany Cheren, Produtora Executiva do Studio Cosmo, responsável por campanhas notáveis para marcas como Fila, Fiat e Volvo, irá explicar mais sobre.
Cheren destaca a liberdade criativa proporcionada pelo Fake OOH, sem as restrições que surgiriam ao tentar reproduzir a mesma ideia fisicamente. Além disso, ela enfatiza o impacto visual impressionante obtido pela integração do CGI em ambientes reais.
No contexto audiovisual, crucial para campanhas publicitárias, Cheren ressalta a importância da criação de narrativas e da análise técnica para a aplicação desejada do FOOH. Ela destaca que esse tipo de conteúdo recorre a técnicas avançadas, incluindo 3D, animações e CGI, exigindo um planejamento meticuloso para garantir que o resultado final alcance as expectativas.
Os desafios
Kauany Cheren revela os desafios envolvidos na produção de Fake OOH, enfatizando a necessidade de imersão do conteúdo em ambientes reais para alcançar o realismo desejado. Criar efeitos visuais realistas, como iluminação, sombras e reflexos, pode ser desafiador, e um bom planejamento, incluindo testes, é essencial para atingir assim os resultados esperados.
Em relação ao sucesso do Fake OOH, é crucial atrair a curiosidade do público e criar a ilusão de realidade. Cheren destaca então a importância de garantir que o conteúdo CGI esteja integrado ao ambiente real, criando efeitos visuais convincentes.
No atual cenário tecnológico, talvez seja necessário informar o público quando um trabalho específico foi desenvolvido usando CGI, reconhecendo o poder criativo dessas campanhas que desafiam a percepção da realidade.