Veja quais são as tendências emergentes para a indústria de eventos

Segundo a análise a pandemia acelerou mudanças, além disso, grande parte do setor de eventos ainda está se recuperando.
Veja quais são as tendências emergentes para a indústria de eventos

A agência americana Exploding Topics reuniu tendências emergentes para a indústria de eventos. Dados e comportamentos levantados para refletir uma previsão para até 2026.

Texto por Sara Letícia Corrêa

Segundo a análise a pandemia acelerou mudanças que levariam anos para serem implementadas. E grande parte do setor ainda está se recuperando.

Apontam também que a indústria mundial de eventos de US$ 1 trilhão voltou ao “normal” em 2023. Mas continuará a haver mudanças importantes (e permanentes) nos próximos anos.

Vamos dar uma espiada neste futuro?

1 – Eventos Híbridos continuam em alta

Embora os organizadores possam olhar para um futuro que permita mais eventos presenciais, é provável que o virtual tenha vindo para ficar.

De acordo com a pesquisa de 2021 da EventMB71% dos produtores de eventos disseram que continuariam com estratégias digitais mesmo após o retorno dos eventos ao vivo. E 67% afirmaram que o híbrido é o futuro do setor.

Os eventos híbridos permitem a flexibilidade e o alcance de um virtual, mas a conexão e o envolvimento de uma opção presencial.

Para atender à demanda por eventos que possam oferecer uma experiência perfeita, presencial e online, muitas novas startups estão surgindo. Isso significa mais oportunidades para a indústria criativa, além do empenho para soluções mais inovadoras e eficientes.

Mas, à medida que os eventos híbridos se tornam mais comuns, como serão exatamente?

Os eventos híbridos podem ocorrer principalmente online, mas oferecem pacotes de upgrade para um encontro presencial, por exemplo.

2 – Os eventos tornam-se uma importante ferramenta de relações públicas

O fundador e diretor executivo do Event Leadership InstituteHoward Givner, prevê que os eventos corporativos mudarão “de uma fonte de receita para um veículo de marketing”.

Segundo ele, não há limite para o número de participantes virtuais que podem obter acesso a um evento online. Dessa forma, os eventos online se tornaram uma forma de comunicação de massa semelhante às relações públicas.

Givner usa a conferência de 2020 da Microsoft como exemplo. Em 2019, eles cobraram US$ 2.395 por pessoa para participar e atenderam 6.000 participantes. Em 2020, o evento foi gratuito – compareceram 197 mil pessoas.

Muitos estão seguindo o mesmo exemplo: 80% dos organizadores oferecem agora inscrição gratuita para seus eventos.

À medida que o alcance dos eventos se expande, a mensagem provavelmente mudará para acomodar um público de menor nicho no topo do funil de vendas.

Porém, o diretor executivo alerta para a gratuidade dos ingressos, que podem significar a diminuição na rentabilidade dos eventos. Por tanto, olhar para essa estratégia precisa de um planejamento ainda mais delicado.

3 – Os eventos corporativos entram em um ciclo de “eventos que duram o ano todo”

As grandes empresas normalmente realizavam uma conferência ou evento anual.

Agora que eventos virtuais menores estão se tornando mais comuns, os eventos podem ser realizados com mais frequência. E as conversas que eles desencadeiam podem continuar on-line nos próximos anos.

Webit, um festival anual de tecnologia e inovação, fez a transição em 2020 para uma plataforma virtual global que hospeda 12 eventos por mês, com alcance de 250.000 participantes.

A tecnologia respondeu a essa mudança com muitas plataformas de eventos oferecendo agora um recurso comunitário contínuo.

Por exemplo, a plataforma de eventos Pathable permite que as empresas criem landing pages que oferecem conteúdo e comunidade durante todo o ano.

4 – Destaque para experiências transformacionais

“A pandemia introduziu um novo conceito na nossa matriz de pensamento: isto é essencial? Em outras palavras, vale a pena?”

Diz Teeg Stouffer, cofundador da American Association of Event Professionals.

Segundo a pesquisa que citamos inicialmente, 68% dos profissionais de marketing acreditam que é mais difícil oferecer oportunidades de networking no mundo virtual, a proposta de valor exclusiva dos eventos agora são as pessoas que você conhece e as coisas que você pode vivenciar.

A fonte de notícias do setor de eventos corporativos, Event MB, afirmou que há uma nova ordem de prioridades para os participantes:

  • Conexão significativa;
  • Entretenimento;
  • Conteúdo.

Em conferências e eventos, o desejo de uma experiência transformacional significa que o conteúdo pode deixar de ser a maior prioridade.

5 – Mais coleta de dados durante e após os eventos

Big data pode ajudar os produtores de eventos a atender às expectativas dos participantes em rápida mudança.

Chris Cavanaugh, CFO da Freeman, uma empresa com foco em experiência de marca, afirma que, para que os eventos sobrevivam, “os dados serão a chave para nos ajudar a estar um passo à frente dos desejos, necessidades e intenções [do cliente]. E se não conseguirmos aproveitar os dados para compreendê-los, alguém nos tirará o nosso público”.

De maneira semelhante, o rastreamento de crachás RFID funciona em um ambiente real, em um encontro virtual, rastreando cliques, quanto tempo um usuário permanece em uma apresentação e até mesmo com quem ele interage pode fornecer às empresas informações valiosas sobre quem é seu público-alvo e o que eles querer.

Uma das principais forças por trás da coleta de dados é a luta pelo envolvimento online.

Depois de alguns anos vivendo virtualmente, muitos experimentaram “ fadiga do zoom ”, ou exaustão mental sentida após horas de comunicação virtual.

É por meio da coleta de dados e a análise técnica dos mesmos que insights como esses são possíveis.

Vale ressaltar que lidar com dados, principalmente os sensíveis como CPF, por exemplo, é algo sério e precisa ser baseado na LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

Se sua agência não se atualizou sobre esse quesito, aqui fica a dica!

6 – Aumentar os investimentos em tecnologia de eventos

A pesquisa da Exploding Topics ainda afirma que 40% dos organizadores de eventos estão insatisfeitos com as opções tecnológicas disponíveis.

Já foi dito que a pandemia forçou anos de mudanças em meses. O resultado é que a tecnologia está muito atrasada em relação à procura – mas irá recuperar o atraso.

Isso é algo que muitos investidores estão bem cientes. Em todos os setores, as startups arrecadaram US$ 36,5 bilhões em financiamento no terceiro trimestre de 2020, o que representa 30% a mais que no ano anterior.

Embora muitas empresas tenham enfrentado dificuldades durante a pandemia, há uma pequena lista que prosperou e é muito procurada pelos investidores. A tecnologia do setor está nessa lista.

Startups no espaço de eventos têm ganhado notoriedade por suas enormes avaliações e crescem a cada ano.

Ponto positivo para a indústria.

Conclusão

Os comportamentos mudaram e as oportunidades aumentaram, bem como os cuidados com estratégias e o tratamento de dados que a indústria de eventos começa a lidar cada vez mais nos próximos anos.

O caminho é, para além de ferramentas, a capacitação dos profissionais que precisam dessa adaptação e que sempre estão em busca de se tornarem ainda mais capazes de atender e até superar as expectativas nas demandas de um mundo digital que ainda sim quer viver experiências reais pessoalmente.

Positivamente, esse debate nos leva a entender que a indústria está se movimentando e os problemas, que até então não eram levados na seriedade que deveriam, agora se tornam ferramentas lucrativas.

O futuro está em movimento, já chegou e nós estamos de olho nele!

*Texto por Sara Letícia Corrêa*

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