Paramount, Comcast e Netflix apresentam propostas iniciais pela Warner Bros. Discovery

A venda pode afetar ativações e eventos da WBD no Brasil, como lançamentos de filmes; experiências como Casa Warner e ações na CCXP; entre outros

🔎 Foco da notícia 🔎

  • Paramount, Comcast e Netflix apresentaram propostas iniciais para adquirir parte ou toda a WBD.
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  • As ofertas ainda não são vinculativas, e o processo deve seguir até o fim do ano.
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  • A WBD registrou queda de 6% na receita trimestral, com retração significativa nas redes lineares e estabilidade no streaming.

Paramount, Comcast e Netflix apresentaram propostas iniciais para adquirir uma parte ou até a totalidade da Warner Bros. Discovery (WBD), que no mês passado confirmou estar aberta a negociações após receber “interesse não solicitado” de diferentes empresas.

A WBD já planejava, para 2026, separar o negócio de TV a cabo em uma nova companhia, a Discovery Global Networks, mas agora avalia alternativas mais amplas.

Os resultados financeiros mais recentes não ajudaram a afastar especulações. A empresa registrou queda de 6% na receita trimestral, somando US$ 9 bilhões. O streaming permaneceu estável, com US$ 2,63 bilhões e 128 milhões de assinantes globais, enquanto as redes lineares — como TNT, TBS e CNN — sofreram recuo de 22%, fechando em US$ 3,9 bilhões.

Entre as propostas iniciais apresentadas, a Paramount é a única que deseja adquirir a WBD por completo, incluindo estúdios, serviços de streaming, HBO/HBO Max e canais de TV a cabo. A companhia, agora controlada pela Skydance, já enviou quatro ofertas, depois de ter uma proposta de US$ 23,50 por ação rejeitada.

Comcast e Netflix, por outro lado, demonstraram interesse somente nas operações de streaming e estúdios, deixando claro que não pretendem assumir os canais lineares. Caso avancem nas negociações, os dois grupos consideram separar essa divisão em uma nova empresa ou vender esses ativos, e a Comcast inclusive aceitaria que a WBD faça o desmembramento de canais como TNT Sports e CNN antes da conclusão do acordo.

As propostas iniciais são não vinculativas e vão passar por análise do conselho da WBD. Novas rodadas de negociação devem ocorrer ao longo do ano, com expectativa de conclusão até o fim de 2025.

A possível venda da Warner Bros. Discovery (WBD) pode gerar impactos diretos e imediatos nas ativações de marca e nos eventos que a empresa realiza — inclusive no Brasil, onde a companhia tem presença relevante com TNT Sports, HBO, Warner Channel e ações envolvendo marcas como a própria Warner, além de DC, Cartoon Network e HBO Max, com forte presença em eventos como a CCXP.

O setor observa com atenção porque o portfólio de esportes da WBD é significativo, com direitos de transmissão de MLB, NHL, Nascar, futebol internacional, Roland Garros, Big Ten, CFP, além do controle da Eurosport e da TNT Sports no Reino Unido e na América Latina, esta última responsável pela Champions League no Brasil.

Uma possível fusão com a Paramount poderia criar um dos maiores conglomerados esportivos dos Estados Unidos, com impacto direto na concorrência e no valor dos contratos.

A abertura para negociações marca mais um capítulo na longa sequência de mudanças que a companhia vive no século XXI — da fusão com a AOL à compra pela AT&T, até a união com a Discovery em 2022. Sob a liderança de David Zaslav, a empresa tem concentrado esforços em reforçar seus estúdios e expandir globalmente a HBO Max, ao mesmo tempo em que tenta isolar o negócio linear para lidar com a queda de assinaturas de TV paga.

Além da Paramount, Comcast e Netflix, outras grandes empresas monitoram a situação, como Apple e NBCUniversal. A Paramount Skydance, liderada por David Ellison, tem sido a mais agressiva nos lances, segundo rumores.

Ainda assim, nada indica que uma decisão esteja próxima, e grande parte das informações segue no campo especulativo.

A incerteza já provoca apreensão interna, e nomes como James Gunn demonstram preocupação com o futuro da DC Studios e do DCU caso a venda avance.

Por enquanto, a WBD mantém a avaliação de todas as alternativas possíveis — da separação planejada à venda total — em busca do cenário que mais maximize valor para seus acionistas.

Fotos: Grupo TV1

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