Marcas no Carnaval de São Paulo: ativações geram elogios e críticas entre foliões

Enquanto alguns elogiam a utilidade dos brindes, como viseiras e protetor solar, outros criticam o excesso de logotipos, que acabam criando uma “poluição visual” nas festas

Marcas no Carnaval de São Paulo: ativações geram elogios e críticas entre foliões

No carnaval de São Paulo de 2025, a presença de marcas nos blocos de rua tem gerado discussões entre os foliões. No bloco Bem Sertanejo, por exemplo, o público foi abordado por representantes de empresas como Kibon, Mercado Pago, Esportes da Sorte e iFood, que distribuíam desde picolés a viseiras. Enquanto muitos, como a vendedora Vanessa Garbuio, elogiam a utilidade dos brindes, a publicitária Júlia Sanches critica a “poluição visual” causada pelos logotipos excessivos.

Essa tendência de ativações de marketing não se limitou ao bloco Bem Sertanejo. No “Tarado Ni Você”, por exemplo, os participantes receberam brindes como leques e produtos para o cuidado capilar. A Sabesp também se juntou à lista de marcas ao distribuir água para o público. No pré-carnaval, a Nívea se destacou ao borrifar protetor solar nos foliões utilizando mochilas e mangueiras, ação que foi bastante apreciada pelos presentes.

Crédito: Guilherme Queiroz/OGlobo

Embora muitos vejam as ativações como uma forma de apoio ao público, há quem considere a presença massiva das marcas no carnaval excessiva. Bruno Ferrari, diretor do bloco Confraria do Pasmado, criticou nas redes sociais o número de empresas que distribuem brindes gratuitamente, dizendo que elas agem como se estivessem fazendo um “grande favor”. Esse tipo de ação tem gerado desconforto entre alguns organizadores, que preferem um carnaval com menos exposição comercial.

Um dos casos mais polêmicos envolveu a marca Seda, que, sem a autorização dos organizadores, fez filmagens no bloco Filhos de Plutão, causando revolta nos envolvidos. A Prefeitura de São Paulo já alertou que parcerias desse tipo necessitam de autorização prévia e, em alguns casos, devem ser denunciadas à Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU). A situação levantou questões sobre os limites do marketing nas ruas durante o carnaval.

Fonte: O Globo.

Crédito: Guilherme Queiroz/OGlobo
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