Os segredos do Marketing de Influência
O marketing de influência, conhecido também como Influencer Marketing, é uma estratégia de marketing digital que abrange produtores de conteúdo independentes que possuem influência com grandes públicos engajados nas redes sociais, principalmente os jovens da Geração Z.
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O trabalho junto a esses produtores de conteúdo, também chamados de influenciadores digitais, tem o objetivo de promover uma conexão entre uma marca e o público influenciado por esses influencers, o que impacta de modo positivo sua estratégia de marketing digital.
A conquista de novos clientes, a geração de valor e confiança para as empresas, a fidelização dos clientes já existentes e a influência na decisão de compra de um público alvo fica bem mais fácil a partir do momento que essas pessoas já têm uma relação de confiança e identificação com algum influenciador e se têm a sensação de proximidade com ele.
A partir dessa identificação entre o público com o influencer, as empresas descobriram uma chance de fazer parcerias com eles para que usem, mostrem e façam a divulgação de seus produtos e serviços.
Com a pandemia, o Marketing de Influência se consolidou ainda mais, mas algumas pessoas ainda têm dúvidas sobre como funciona, os tipos de estratégias e as diferenças entre o Marketing de Influência e a clássica publicidade feita com celebridades “comuns”.
Por isso, o Promoview foi conversar com algumas marcas e agências que utilizam o Marketing de Influência em suas ações.
Murilo Henare é CEO da Banca Digital, uma iniciativa da Mynd que reúne aproximadamente 30 contas de entretenimento do Instagram e disponibiliza o espaço para marcas participarem das conversas virais da rede.
Segundo ele, o marketing de influência tem o poder de reunir uma comunidade engajada e atingir determinado público que os meios convencionais não abrangem. Além do alcance, as campanhas conseguem ser mais criativas, originais, legítimas e interativas, uma vez que alguém que segue esses influenciadores já têm eles no seu dia a dia e possui interesse no que eles têm para falar.
O Marketing de Influência vai muito além da Geração Z e pode sim abranger vários tipos de público alvo, pois, de acordo com Murilo, ao levar em conta que cada perfil tem seu tipo de público, o contratante precisa entender qual alvo é interessante para promover seu produto. Existem inúmeros perfis que são ligados à moda, esporte, entretenimento, humor e muitos outros, e cada um deles se apresenta para nichos específicos.
Na opinião de Victor Godoy, Diretor Artístico da MFIELD, uma agência especializada em Marketing de Influência, é impossível não aceitar que as redes sociais aguçam e incentivam o consumo como um todo.
“Os influenciadores fazem parte desse universo, eles organicamente ou não, são os responsáveis por essa onda. A rede social é o boca-a-boca 2.0”, afirma.
Já para Thiago Salles, Head Artístico e Viral Labs da MFIELD, com a transformação digital cada vez mais acelerada pela pandemia, a dispersão em meio a uma grande quantidade de informações hoje nas redes sociais faz com que as agências repensem as estratégias e modifiquem as ações de marketing para alcançar a audiência.
“Os influenciadores sabem como ninguém como se comunicar com seus seguidores, fazendo isso de forma sutil e orgânica o que gera identificação e automaticamente a conversão esperada pelas marcas justificando o investimento”, aponta.
Para a Sadia, é um movimento natural estar junto dos influenciadores, criando conteúdos significativos para falar com os consumidores nas mais diversas ocasiões de consumo, tendo como parceiros as personalidades que alcançam essas pessoas de uma forma genuína.
“A Sadia é uma marca que conversa com diversas gerações de consumidores e, como tal, precisa estar nos canais onde esses públicos se encontram. As redes sociais estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas: são locais onde os indivíduos se expressam, pesquisam sobre seus interesses, fazem suas compras – principalmente (mas não somente) os jovens”, afirma Luciana Bulau, Gerente Executiva da Sadia.
“O mesmo acontece com a relação entre os brasileiros e os influenciadores digitais: está ficando cada vez mais forte e madura, com conteúdos que realmente se conectam com a rotina dos seguidores”, complementa.
Para Luciana, os influenciadores digitais são personalidades que aproveitam muito bem as múltiplas facetas e possibilidades das mídias digitais e, por isso, possuem uma relação muito genuína e próxima com seus seguidores. Eles chegam para complementar as estratégias de marketing, mostrando a efetividade de ações 360º, que conversam com o público em diversas frentes.
As ações de Sadia com influenciadores também são abrangentes para diversos públicos, do premium ao jovem.
“No caso do Lollapalooza 2022 e da parceria com a NBA, o público-alvo prioritário são os jovens – naturalmente multi meios e multi telas, o que faz dos influenciadores uma arma essencial para a comunicação com esse universo de consumidores. É por isso que a marca busca estar presente nas mais diversas mídias, focando em ampliar seus conteúdos em plataformas como TikTok, Youtube, Instagram, Twitch, etc”, conclui a executiva.
A GM é outra grande empresa que tem feito campanhas, ações e ativações com influenciadores, como as realizadas no Onix Day e no Lollapalooza.
“Por meio dos influenciadores conseguimos potencializar a nossa mensagem para o púbico alvo de cada campanha e do nosso always on. Eles têm um alto poder de mobilização, e assim, conseguimos nos estabelecer muito mais como uma content creator brand, disseminando conteúdos muito mais interessantes e atingindo um maior engajamento”, destaca Federico Wassermann, gerente de marketing da GM.
“No caso do Onix Day, trabalhamos com creators mais próximos do público jovem, target do festival, e ligado ao território da música para buscar um brand linkage maior”, completa ele.
Segundo Wassermann, hoje em dia a entrega dos influenciadores evoluiu bastante, pois eles trabalham muito mais como creators do que como celebridades, fazem os conteúdos de acordo com o que funciona em cada rede social, conseguem transformar o que a marca quer passar de uma forma que o seu público gosta de ver e entenda essa mensagem.
“Essa evolução é muito positiva para as marcas, que conseguem de formas distintas entregar mensagens de uma forma mais orgânica e interessante para o público”, ressalta.
O tipo de público visado pela GM também é bastante amplo, pois, de acordo com Wassermann, como a empresa tem creators de vários nichos, ela consegue falar com audiências distintas, que no caso da fabricante de veículos, conversam com o target e o posicionamento estratégico de cada carro.
“Então conseguimos sempre focar no público-alvo que queremos para cada momento. Em Onix, por exemplo, buscamos influenciadores jovens, que abordam assuntos de música, tecnologia, etc. Já com S10, temos um perfil de creators ligados ao campo. Com Tracker buscamos um perfil mais feminino e maduro, e assim por diante”, finaliza ele.