O que está no radar na comunicação das grandes marcas em 2023?
A comunicação reserva um ambiente cada vez mais complexo neste ano de 2023. Com inúmeras tendências no radar das grandes marcas, é cada vez mais difícil centrar o olhar (ou melhor, os negócios) em um só lugar.
Com as empresas se tornando mais multifuncionais para atender a um mercado que se torna mais exigente a cada dia, a comunicação acaba tomando o mesmo rumo. “Este é um ano em que tecnologias imersivas ganharão espaço, fazendo com que as marcas atendam a diversas camadas dentro desses novos modelos. Além disso, outras tendências tendem a ganhar escala, como o marketing de influência, redes e ativos descentralizados, ativismo criativo e experiências híbridas”, conta André Assis, CEO da XLab, empresa provedora de soluções que humanizam a tecnologia por meio da comunicação.
Mas o que realmente está no radar da comunicação das grandes empresas neste ano? Quais são as potencialidades e riscos? André Assis conta as principais tendências para este ano. Confira!
- Novas fronteiras para o metaverso
Sabe-se muito que o metaverso tem a capacidade de movimentar bilhões de dólares nos próximos anos (mais especificamente US$ 5 trilhões, de acordo com a McKinsey & Company). Mas, qual é o verdadeiro impacto para as marcas? “Há empresas que realizam apenas ativações, outras que preferem criar um metaverso proprietário. Não há dúvidas de que a tecnologia é versátil e atende a todos os níveis de imaginação das marcas. Porém, principalmente neste ano, em que há tendência para aumento de juros e inflação, é papel das empresas testarem as novas tecnologias de uma forma sustentável, com propósito. Além de reduzir os custos no momento de transmutar a comunicação para esse ambiente, cria uma imagem de que a empresa sabe o que está fazendo no momento em que coloca o projeto para rodar”, conta Assis.
- Humanização da tecnologia
“Além da escala, o foco das empresas deve estar em criar uma conexão verdadeira com seus consumidores. É o que mostra uma pesquisa do Opinion Box em parceria com a Dito, em que 72% dos consumidores esperam que as plataformas de e-commerce reconheçam seus interesses. Do que adianta aumentar o alcance mas, não necessariamente, aumentar o engajamento das pessoas com a sua marca? Além de tecnologias aliadas aos objetivos de negócio, empresas que trabalham com a humanização da comunicação de ponta a ponta conseguem aumentar seu brand awareness e mudar a percepção das pessoas em relação a determinadas tecnologias. Até porque, as tecnologias são comandadas por pessoas”, explica André. Com cada vez mais meios que distanciam as pessoas, marcas que conseguem driblar a desumanização saem na frente.
- Comunicação mais consciente
ESG não é mais apenas uma tendência, principalmente quando se olha para a Geração Z, As pessoas nascidas entre 1995 e 2010 têm mais propensão a se envolver com assuntos relacionados com sustentabilidade do que as gerações anteriores, os Millennials e Baby Boomers. É o que diz uma pesquisa da WGSN, consultoria global de previsões de tendências de consumo. “A Geração Z tem um poder de articulação e mobilização digital que é excepcional. Hoje em dia, as empresas precisam estar atentas a cada movimento e promover ações reais para o desenvolvimento das esferas sociais e ambientais por meio da governança. A comunicação não faz milagre: apenas as empresas que se preocupam com essas esferas a longo prazo terão espaço no mercado”, diz o executivo.
- Live experiences
A pandemia deixou um legado na forma como as pessoas desejam consumir informações e conteúdos. “A migração de determinadas campanhas para o digital ou o phygital é a realidade de muitas marcas hoje em dia. Além disso, experiências de compra ao vivo com influenciadores por meio do live commerce permitem uma maior aproximação dos públicos com a marca e possibilitam o engajamento e a humanização de uma relação transacional. Essa tendência é uma das que mais tende a ganhar escala, visto que 84% dos consumidores acham a compra híbrida ideal, ainda de acordo com a pesquisa do Opinion Box em parceria com a Dito”, completa Assis.
- Expansão do marketing de influência
Também não é novidade que a economia dos criadores de conteúdo já é responsável por boa parte da monetização das marcas. A realidade é que, em 2023, esse fenômeno tende a ganhar escala. “O Brasil é um território fértil para a criação e expansão dos criadores de conteúdo. De acordo com dados da Influencity Marketing Hub, 9 milhões de pessoas trabalham como influenciadores digitais. O principal fator para a contratação dessas pessoas pelas marcas é a personalização da comunicação e algo mais direcionado, para um público que tem engajamento com aquele influenciador. A consolidação dessa profissão neste ano é algo que as marcas devem ficar de olho”, finaliza.