Festival Psica inaugura Casa Dourada em Belém como hub permanente de cultura e clima

Após 14 anos de trajetória marcando a cena cultural amazônica, o Festival Psica dá um novo passo em sua história: a abertura da Casa Dourada, espaço cultural permanente no centro histórico de Belém. O casarão, que será inaugurado às vésperas da COP30, nasce com o propósito de fortalecer a produção artística da região e reafirmar a interconexão entre cultura e clima.

O projeto é também o primeiro ato do recém-criado Instituto Psica, organização que surge na periferia da Grande Belém com foco em iniciativas culturais e socioambientais. A meta é impactar 5 milhões de pessoas nos próximos cinco anos, valorizando a identidade pan-amazônica como ferramenta de preservação e inovação.

Localizada no marco zero da capital paraense, a Casa Dourada terá capacidade para 1.280 pessoas por dia e deve receber cerca de 5.660 visitantes durante as ativações da COP30.

Com patrocínio do Instituto HEINEKEN e apoio de entidades como Open Society Foundations e World Climate Foundation, o espaço vai funcionar como um hub cultural e socioambiental, com programação que inclui exposições, rodas de conversa, shows intimistas, performances, gastronomia amazônica e coworking para organizações regionais.

Para os realizadores, o projeto vai muito além da conferência climática.

“A Casa Dourada será mais do que um centro de conexões durante a COP30: continuará ativa como espaço permanente de fortalecimento do setor cultural em Belém”, explica Iago Hairon, da Open Society.

“Unir clima e cultura é uma decisão estratégica. Precisamos de novas formas de aproximar pessoas da pauta climática, e a cultura é a porta de entrada. Quem é do Norte sabe que natureza e cultura são uma coisa só”, completa Gerson Dias, diretor do Psica Produções.

“Projetos como a Casa Dourada não apenas valorizam as riquezas culturais da Amazônia, mas também impulsionam soluções criativas para os desafios globais. Apoiar uma iniciativa que transforma a cultura em um motor de impacto social e ambiental é uma maneira concreta de deixar um legado duradouro para a região e para o país”., conclui Vânia Guil, Head do Instituto HEINEKEN.

A iniciativa também abriga o Psica Profissional, programa que capacita e insere jovens da periferia na produção cultural, além de manter chamadas abertas para apoiar coletivos e artistas locais. Em sua atuação, o Psica já realizou projetos como o Rio que Chove, que em 2023 revitalizou uma praça no bairro do Guamá, promovendo arte e novas oportunidades para a comunidade.

Com a Casa Dourada, o Festival Psica reforça seu papel como plataforma de expressão, inovação e impacto social, consolidando Belém como polo cultural e climático da Amazônia.

Fotos: Divulgação